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VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA

Vereadoras de Cuiabá questionam fim de atendimento a mulheres nas UPAs

Publicado em

Michelly Prefeitura de Cuiabá

Reprodução

As secretárias municipais de Saúde, Lúcia Helena Barbosa; da Mulher, Hadassah Suzannah; e de Assistência Social, Hélida Vivela, deverão prestar esclarecimentos à Câmara Municipal de Cuiabá sobre o fechamento das salas de acolhimento às mulheres vítimas de violência nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade. O assunto será tratado em reunião da Comissão de Saúde, presidida pela vereadora Michelly Alencar (União Brasil), com apoio da Comissão da Mulher, presidida pela vereadora Maria Avallone.

O encerramento simultâneo do serviço nas duas UPAs pegou a Câmara de surpresa. A vereadora Michelly Alencar afirmou que não foi previamente informada da medida e classificou a situação como preocupante. “Nós deveríamos estar ampliando esse serviço, inclusive para as quatro UPAs, e não encerrando nas duas únicas que ofereciam esse atendimento. É um retrocesso”, criticou.

Segundo Michelly, a justificativa da Prefeitura é de que se trata de uma reestruturação do serviço de acolhimento. A gestão municipal teria a intenção de transferir parte do atendimento para as unidades básicas de saúde. No entanto, a vereadora questiona a viabilidade dessa proposta. “As unidades básicas já não dão conta da demanda atual. Como podemos sobrecarregá-las ainda mais sem garantir estrutura e profissionais suficientes?”, questionou.

A reunião com as secretárias está prevista para o início de junho, mas Michelly adiantou que buscará um encontro prévio com a secretária de Saúde para tratar do tema de forma mais urgente. “Estamos falando de mulheres que sofrem violência. Não podemos deixar que fiquem desassistidas. O atendimento emergencial continua, mas o acompanhamento psicológico e assistencial, que é fundamental, está comprometido.”

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso também acompanha o caso. A promotora de Justiça Claire Vogel Dutra, coordenadora do Núcleo das Promotorias Especializadas no Enfrentamento à Violência Doméstica, instaurou um procedimento para apurar o impacto do fechamento das salas de acolhimento. Segundo relatos encaminhados ao MP, o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) — que ou a concentrar os atendimentos — não dispõe de equipe técnica suficiente e já há uma lista de espera com cerca de 300 mulheres.

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