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DISCUSSÃO NA CÂMARA

“Vacina da Covid em crianças, acho desnecessária”, diz Samantha

Publicado em

Câmara de Cuiabá

 

A vereadora e primeira-dama de Cuiabá, Samantha Iris (PL), se posicionou contra a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 em crianças. A declaração foi dada em meio à tramitação, na Câmara Municipal, de um projeto de lei do vereador Rafael Ranalli (PL), que visa garantir aos pais o direito de decidir se os filhos devem ou não receber o imunizante.

Durante entrevista, Samantha defendeu que a decisão de vacinar crianças contra a Covid-19 deve ser uma escolha da família, e fez críticas à efetividade da vacina nessa faixa etária. “Vacina da Covid em crianças, eu acho desnecessária”, afirmou a vereadora.

Segundo ela, a vacinação contra o coronavírus não deve ser tratada da mesma forma que imunizações tradicionais, como a da gripe. “A gente não pode generalizar a questão da vacinação. A vacina da gripe, por exemplo, tem mais tempo, foi testada corretamente, demonstrou eficácia. Já a da Covid, principalmente em crianças, não tem a mesma efetividade. Por isso, acredito que a escolha deve ser da família”, completou.

Samantha destacou que não é contra as vacinas em geral, mas defende que pais tenham o direito de decidir sobre a aplicação da vacina contra a Covid-19 nos filhos. “Quem quer tomar, pode tomar. E quem não quer, deve ter essa escolha também. O que não pode é punir ou tirar direitos das pessoas por isso.”

No entanto, especialistas e órgãos de saúde divergem da opinião da parlamentar. A vacina contra a Covid-19 para crianças foi aprovada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ou a ser ofertada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) desde janeiro de 2022. A decisão foi baseada em estudos científicos que demonstram a eficácia e segurança do imunizante em crianças.

Além disso, em 2024, o Ministério da Saúde incluiu oficialmente a vacina contra a Covid-19 no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses até menores de 5 anos de idade, reforçando a importância da imunização pediátrica como medida de saúde pública.

Organismos internacionais também seguem a mesma diretriz. Na Europa, países como Áustria, Bélgica, Estônia, França, Holanda, Itália e Noruega aprovaram a vacinação de crianças de 5 a 11 anos ainda durante o auge da pandemia. Atualmente, a União Europeia recomenda a vacinação de crianças a partir dos 6 meses de idade.

Estudos mostram que, embora as crianças tenham menos risco do que os adultos de desenvolver formas graves da Covid-19, elas ainda estão entre os grupos mais suscetíveis — depois dos idosos — a complicações graves da doença.

 

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