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DISCUSSÃO NA ALMT

Santa Casa é essencial e não pode fechar; dizem deputados

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Reprodução

 

A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizou uma audiência pública para debater o futuro do Hospital Estadual Santa Casa, cuja gestão está atualmente sob responsabilidade do Governo do Estado, mas que corre risco de ser fechado até o final de 2025, com a inauguração do novo Hospital Central.

Os deputados estaduais reforçaram a importância da unidade para o atendimento da população de Cuiabá, da Baixada Cuiabana e do interior do estado, e cobraram alternativas viáveis para evitar o encerramento das atividades do hospital.

O deputado Dr. João destacou a relevância dos serviços prestados pela Santa Casa, em especial nas áreas de quimioterapia e radioterapia, que atualmente atendem mais de 400 pacientes adultos e cerca de 100 crianças em tratamento contra o câncer.

“Vai para onde esse pessoal todo? No Hospital Central não vai ter quimioterapia. No Hospital Geral não cabe, no Hospital de Câncer também não tem vaga. É isso que temos que analisar. Uma alternativa seria uma gestão público-privada da Santa Casa”, sugeriu.

Já o deputado Lúdio Cabral, membro da Comissão de Saúde, afirmou que a unidade não pode ser desativada. “A Santa Casa é um hospital estadual fundamental, com serviços que não existem em nenhuma outra unidade, como a hemodiálise e a oncologia infantil. Tem leitos de UTI neonatal, pediátrica e adulta, além de um pronto-atendimento que atualmente garante a urgência pediátrica na capital”, ressaltou.

Ele propôs que o Estado adquira o imóvel na Justiça do Trabalho para garantir a quitação das dívidas trabalhistas e transforme a unidade em hospital estadual definitivo. Como alternativa de gestão, Lúdio sugeriu que o Consórcio de Saúde da Baixada Cuiabana assuma a istração da Santa Casa, mantendo os serviços e ampliando o atendimento regional.

O presidente da Comissão de Saúde, deputado Paulo Araújo, reforçou a necessidade de encontrar uma saída institucional. “O município pode assumir, o Estado pode continuar, ou ainda o consórcio da Baixada pode ser responsável pela gestão. O governador está avaliando uma proposta, mas ainda não anunciou sua decisão. Precisamos organizar a rede. Mesmo que o Hospital Central absorva alguns serviços, outros ficarão descobertos. E não podemos trabalhar com redução de leitos ou de atendimento à população”, afirmou.

Desde maio de 2019, a Santa Casa de Cuiabá está sob intervenção estadual, após colapso financeiro da entidade filantrópica original. Avaliado em R$ 78 milhões, o prédio da unidade está no centro de uma negociação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-23) para venda ou leilão com o objetivo de quitar mais de R$ 50 milhões em dívidas trabalhistas com 860 ex-funcionários – dos quais ainda restam R$ 43,7 milhões a serem pagos.

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