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O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), confirmou nesta semana que a rede municipal de ensino deixará de aderir às tradicionais “emendas de feriado” — quando a sexta-feira é transformada em ponto facultativo após um feriado na quinta. A decisão tem gerado debate nas redes sociais e dividiu opiniões entre pais, profissionais da educação e servidores públicos.
Segundo Abílio, a medida visa equilibrar o tratamento entre os trabalhadores da iniciativa privada e os servidores públicos. “Se o trabalhador está trabalhando, a criança tem que estar na escola. Não é possível existir duas classes de trabalhadores”, afirmou. Ele reforçou que, se o feriado for nacional ou municipal, será respeitado. Mas se for apenas uma emenda ou ponto facultativo, não haverá paralisação das aulas na rede pública.
A declaração do prefeito foi motivada por críticas ao posicionamento do secretário de Educação, que justificou a mudança como forma de proteger famílias que acabam sendo prejudicadas ao não terem onde deixar seus filhos em dias de emenda. Parte da comunidade escolar reagiu, afirmando que “servidor não é babá”.
Abílio, no entanto, rebateu: “A escola não é abrigo, é lugar de educação. Mas também não dá para deixar a criança em casa enquanto os pais estão no trabalho.” Ele destacou ainda que os profissionais da educação são pagos por mês, e não por dia ou hora trabalhada. “O profissional recebe pelo mês inteiro, inclusive janeiro, fevereiro, março, abril. Não há prejuízo salarial”, disse.
A nova diretriz valerá por todo o mandato do prefeito, com o calendário escolar ajustado para não incluir feriados prolongados que não estejam previstos em lei.