Paula Calil diz que pagamento a vereadores afastados impacta orçamento da Câmara

A presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereadora Paula Calil (PL), afirmou nesta terça-feira (3) que a decisão inicial da Casa era de não pagar os salários dos vereadores afastados Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), envolvidos em uma investigação de corrupção relacionada à obra da Avenida Contorno Leste. Segundo a parlamentar, a Procuradoria da Câmara também emitiu parecer contrário ao pagamento, considerando que ambos estão suspensos das atividades legislativas e não participam das sessões ordinárias.

“O nosso entendimento, com base no parecer da Procuradoria, era de que não deveríamos pagar, justamente porque eles estão afastados das funções. O salário de um vereador está diretamente vinculado à sua atuação, à sua presença nas sessões, à sua produtividade”, explicou Calil.

No entanto, uma decisão judicial proferida pela juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), determinou que os vencimentos dos parlamentares afastados sejam mantidos. Com isso, a Câmara ará a pagar os salários de 29 vereadores — os 27 titulares e os dois suplentes que assumiram os mandatos temporariamente, Rafael Yonekubo (PL) e Gustavo Padilha (PSB).

Paula Calil destacou que, apesar de cumprir a decisão judicial, o impacto financeiro preocupa. “Nós temos um orçamento previsto para 27 vereadores. Agora, com o pagamento de 29, isso gera um impacto no orçamento da Casa, que precisa ser cuidadosamente analisado. Sou gestora deste orçamento e tenho a responsabilidade de garantir que os recursos públicos sejam utilizados com responsabilidade”, afirmou.

A presidente da Câmara também disse que a Procuradoria está avaliando as possibilidades de recurso. “Vamos cumprir a decisão, mas ainda estudamos a viabilidade de recorrer. Precisamos analisar todos os aspectos legais e orçamentários antes de tomar uma nova decisão”, concluiu.