
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), se manifestou sobre a prisão em flagrante do procurador da Casa, Benedito César Corrêa de Carvalho, de 54 anos, por manter uma adolescente de 16 anos em cárcere privado em um condomínio de luxo em Cuiabá. Para o parlamentar, a exoneração do servidor é uma medida inevitável diante da gravidade dos fatos e da reincidência do procurador em crimes contra mulheres.
“Estou acompanhando esse caso de forma muito simples e correta. Tudo que couber a nós será tomado. Eu acredito muito na exoneração desse servidor, porque ele já é reincidente. O que ele fez, a gente não ite. Qualquer violência contra mulher é algo imperdoável por parte da presidência da Assembleia”, afirmou Russi.
O procurador foi detido na madrugada de sábado (10) após denúncia de gritos de socorro em um apartamento do condomínio Moinho dos Ventos, no bairro Araés. De acordo com a Polícia Militar, a adolescente foi resgatada trancada no banheiro após os agentes arrombarem a porta. No local, foram encontrados vestígios de drogas e objetos cortantes, como uma faca. A vítima relatou que o agressor usou cocaína e a ameaçou com uma arma de fogo. Apesar da denúncia, a arma citada não foi localizada.
Ainda segundo Max Russi, a Assembleia já tomou providências semelhantes em casos anteriores e promete uma resposta ainda mais firme diante da reincidência. “Procurador é o cargo melhor dentro da Assembleia, mas nós já fizemos isso em outro caso, e vamos fazer ainda mais forte nesse. É uma reincidência, e há uma vítima. Violência contra a mulher não será tolerada. Pode ter certeza que não vamos ar pano.”
Esta é a terceira vez que Benedito César é preso por envolvimento em crimes contra mulheres. Em 2017, foi detido por ameaçar uma garota de programa. Em 2023, novamente foi alvo de prisão por suspeita de manter uma jovem de 19 anos em cárcere privado.
Além do caso de Benedito, outro procurador da ALMT foi preso. Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva é suspeito de matar um homem em situação de rua com um tiro no rosto, nas proximidades da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A vítima foi identificada como Ney Muller Alves Pereira. Max Russi reafirmou o compromisso da instituição com a legalidade e a proteção das vítimas: “Eles vão ser responsabilizados com o rigor da lei.”