
O empresário José Clóvis Pezzin de Almeida, conhecido como Marllon Pezzin, prestou depoimento nesta terça-feira (27) na Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran) sobre o caso ocorrido no restaurante Haru, localizado na Praça Popular, área nobre de Cuiabá. Ele é investigado por dano qualificado, tentativa de homicídio com dolo eventual e omissão de socorro após atropelar a própria tia durante a confusão.
Em seu relato ao delegado Claudinei Lopes, Pezzin afirmou que não foi o responsável por iniciar a briga. Segundo ele, estava indo ao banheiro quando uma pessoa exaltada teria esbarrado nele, desencadeando a agressão.
“Ele alegou que o início da confusão não foi provocado por ele, que estava indo para o banheiro quando uma pessoa exaltada esbarrou nele, iniciando a briga. Outras pessoas, que ele não conhece, também o agrediram. Há vídeos que mostram ele sendo atacado por seguranças do Haru, inclusive com um pedaço de madeira. Ele tem lesões visíveis no rosto e em outras partes do corpo, e por isso requisitamos o exame de corpo de delito, que é um direito dele, mesmo como investigado”, explicou o delegado.
Sobre os disparos de arma de fogo, inicialmente mencionados, o empresário itiu que não tinha certeza se eram tiros ou objetos como copos e garrafas jogados contra seu carro. Peritos analisaram o veículo e não encontraram vestígios de projéteis, descartando a ocorrência de tiros.
“Ele mesmo disse que não tinha certeza se eram tiros ou se jogaram algum objeto, como copo ou garrafa, no carro. E os peritos constataram que não houve disparos”, esclareceu Lopes.
Pezzin alegou que, desesperado com as agressões, tentou fugir do local e, ao manobrar o carro, acabou atingindo o deck do restaurante. Ele afirmou não ter intenção de causar os danos e disse não ter percebido que atropelou a própria tia, que estava atrás do veículo. A vítima sofreu uma torção no pé e também ará por exame de corpo de delito. O empresário não prestou socorro à mulher, o que levou à inclusão do crime de omissão de socorro no inquérito.
“Ele estava desesperado, disse que só queria sair do local. Realmente apresenta algumas lesões no rosto e em outras partes do corpo. Por isso, também vai ar por exame de corpo de delito, que é um direito dele, mesmo sendo investigado”, informou o delegado.
O delegado Claudinei Lopes informou que outras testemunhas serão ouvidas para esclarecer o caso. Enquanto isso, Pezzin responde em liberdade, e as investigações continuam para apurar todas as circunstâncias do ocorrido.